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sábado, 24 de dezembro de 2022

Avatar: O Caminho da Água — Continuação mantém o impacto visual e apresenta história sobre família

 

Quando o primeiro Avatar estreou nos cinemas no ano de 2009, o filme foi recebido com uma grande surpresa, principalmente pela inovação em seu visual e pelo uso correto da tecnologia 3D, que nesse longa, o diretor James Cameron acabou ajudando a tornar comum nas salas de cinema posteriormente.

Por esse filme James Cameron concorreu a nove Oscars, levando apenas três e tirando Titanic (1997) do posto de maior bilheteria do cinema. Avatar arrecadou aproximadamente 2,9  bilhões de dólares.

Em Avatar: O Caminho da Àguas. (20th Century Studios/Disney 2022)  é uma continuação direta do filme anterior com alguns acréscimos de personagens e um complemento dentro da história, além de uma expansão do universo do longa, que contribui com o significado do meio em que os personagens vivem.

Após um conflito em que resultou em perdas irreparáveis e tendo uma vida aparentemente tranquila em Pandora,  o ex-humano e agora um Na’vi Jake Sully (Sam Worthington) e sua esposa Neytiri (Zoë Saldaña) se veem obrigados a mudar com sua família para uma outra parte do planeta, devido a volta da corporação R.D.A. — da qual Jake Sully fazia parte — que procura terminar o seu trabalho de exploração ambiental.

Com essa premissa bem simples, James Cameron consegue manter o ritmo e apresentar um longa cheio de detalhes, com uma narrativa leve que segura a atenção do espectador pelas 3  horas e 12 minutos de duração. Apesar da exibição extensa, não há indicio de nenhum cansaço.

O visual que possui uma produção bem cuidadosa, renova em várias partes o CGI (sigla para  imagens geradas por computador) do filme precedente, que aqui nessa segunda parte se apresenta com novas texturas, volume, cores e expressões corporais. Deixando tudo mais orgânico e vivo.

Além da parte técnica caprichada e com uma mensagem bem humanista, O caminhos das Àguas reflete sobre como usamos os bens naturais dos quais temos acesso, a relação interpessoal, a convivência com a diferença e a união entre os povos. Porém sem um discurso panfletário ou levantar algum tipo de bandeira.

Apesar dos momentos mais agitados e de ação de tirar o folego, o principal do longa, são os personagens e como eles lidam com vários aspectos em suas vidas como: as perdas, mudanças forçadas de  rotina, as conquistas, decisões de liderança, amadurecimento, família e futuro.

O imbróglio na trama em conjunto com a eminente batalha que se reconstrói durante a projeção, induz a uma nova formação entre os nativos de Pandora, que serão obrigados a enfrentar uma guerra que não desejavam.

Sendo um acréscimo para uma história que está dividida em 5 partes, James Cameron deixa a sua mensagem em um de seus trabalhos mais ambiciosos dentro da indústria no áudio visual e mostrando que as produções  de grande porte (o famoso cinemão), ainda se encontram ativas e podendo contar histórias épicas através de filmes comerciais.

Avatar pode indiretamente, mostra o um novo caminho que o tão criticado cinema pode seguir nos próximos anos.


 


quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Blade Runner, filme cult da década de 1980, ganha série.


O serviço de vídeos em streaming Amazon Prime, deu sinal verde para Blade Runner 2099, uma sequência em série, da icônica franquia de filmes de ficção científica.

A série será produzida pela Amazon Studios e  Alcon Entertainment, que detém os direitos de Blade Runner. Ridley Scott, que dirigiu o clássico filme de 1982, será o produtor executivo através de sua produtora Scott Free Productions, enquanto Silka Luisa (Shining Girls da Apple TV+) atuará como showrunner, a pessoa que ira executar a criação da série.

“O Blade Runner original, dirigido por Ridley Scott, é considerado um dos maiores e mais influentes filmes de ficção científica de todos os tempos, e estamos empolgados em apresentar Blade Runner 2099 aos nossos clientes globais do Prime Video”, disse o chefe dos estúdios da Amazon Vernon Sanders. “Estamos honrados em poder apresentar esta continuação da franquia Blade Runner e estamos confiantes de que, ao se unir a Ridley, Alcon Entertainment, Scott Free Productions e a incrivelmente talentosa Silka Luisa, Blade Runner 2099 manterá o intelecto, temas e espírito de seus predecessores cinematográficos.”

A Amazon anunciou que estava desenvolvendo Blade Runner 2099 em fevereiro. Seu título implica que será ambientado 50 anos após a sequência do filme Blade Runner 2049, de 2017, dirigido por Denis Villeneuve, mas os detalhes da história estão sendo mantidos em silêncio por enquanto. A série será o primeiro tratamento live-action de Blade Runner para TV; Adult Swim exibiu uma série de anime intitulada Blade Runner: Black Lotus que estreou em novembro de 2021.

“Estamos muito satisfeitos em continuar nosso relacionamento de trabalho com nossos amigos da Amazon. E estamos muito animados para continuar a estender o cânone de Blade Runner para um novo reino com o enredo provocativo que Silka criou”, disseram os co-CEOs e co-fundadores da Alcon, Andrew Kosove e Broderick Johnson, em comunicado. “O público descobriu pela primeira vez a brilhante visão de Ridley Scott para Blade Runner há 40 anos e, desde então, tornou-se um dos filmes de ficção científica mais influentes de todos os tempos.

 A sequência de Denis Villeneuve, Blade Runner 2049, se tornou uma das sequências mais bem avaliadas de todos os tempos. Então, reconhecemos que temos um nível muito alto para cumprir com esta próxima parcela. Juntamente com Silka e nossos parceiros da Amazon e Scott Free Productions, esperamos poder cumprir esse padrão e encantar o público com a próxima geração de Blade Runner.”

Luisa adaptou o romance de Lauren Beukes, The Shining Girls, para o Apple TV+ e atuou como showrunner da série bem revisada estrelada por Elisabeth Moss. Seus créditos também incluem Halo e Strange Angel na Paramount+.

Luisa e Scott serão os produtores executivos de Blade Runner 2099 com o escritor de Blade Runner 2049, Michael Green (que será um EP sem roteiro); Kosove da Alcon, Johnson e o chefe de televisão Ben Roberts; David W. Zucker e Clayton Krueger, da Scott Free; escritor Tom Spezialy (The Leftovers); e Cynthia Yorkin, Frank Giustra e Isa Dick Hackett.

A série até o momento não tem uma data de estreia prevista.

Fonte: THR


sexta-feira, 27 de maio de 2022

Top Gun: Maverick

 


Top Gun original de 1986, dirigido por Tony Scott (1944-2012), foi um marco no cinema blockbuster na metade final da década de 1980, sendo o filme que transformou o ator Tom Cruise em um astro de hollywood a partir desse momento. Com uma trama bem simples que focava mais no romance do que no fictício conflito bélico, e com uma gravação até então inéditas em relação a batalhas aéreas  e com a sua trilha sonora bem popular, Top Gun tornou se um grande sucesso, gerando inúmeras imitações.

Uma continuação sempre foi questionada ao ator Tom Cruise, que demostrava ter interesse em dar segmento à história do primeiro filme, mas não encontrava uma brecha para realizar a devida sequência. 

O longo tempo de espera foi compensado com uma continuação que surpreende aqueles que esperavam por um filme requentado ou monótono, mas Top Gun: Maverick  dirigido por Joseph Kosinsk, faz jus a sua proposta em exibir um trabalho que procura apresentar um enredo relevante sem nenhum vestígio de incômodo.

Top Gun: Maverick, faz uma bela homenagem ao filme original, e ao público da década de 1980, que até hoje mantém ativo o espírito vigoroso de uma época um tanto inovadora e cheia de ideias, incluindo a sua influência no mercado de áudio/visual nos anos posteriores.

A direção e produção do longa, trouxe um frescor para os grupos que admiram o filme oitentista, tanto para os que assistiram nos cinemas nos anos de 1980, quanto os que assistiram posteriormente. Produziram um item que agrada os diferentes públicos.

No filme, que exibi uma sutil passagem de tempo e de mudanças entre gerações, em meio a um conflito eminente, é o ponto principal da história, que acerta em retratar como é lidado os pontos chaves que são necessários a serem executados, dentro de uma tarefa para evitar um confronto marcial.

Com as suas duas horas de projeção, que inclui tomadas aéreas agitadas, além de uma simplicidade estética na direção de arte, que permite que o filme fuja de uma releitura barata, o tornando um trabalho quase original.

Top Gun: Maverick demonstra o valor e a capacidade que a obra possui em apresentar um conto que gera um debate sobre questões públicas em relação a lutas e perdas, e o os laços que criamos que nos preserva humanos.

O romance que era o chamariz do filme de 1986, aqui na versão atual, dá o lugar para ação e o inevitável treinamento, deixando a trama mais sólida e admissível. Há o novo romance, porém discreto. E o personagem Maverick, quita as dívidas morais com o passado.

Ao destaque para a qualidade do áudio do filme, que causa um espanto por sua qualidade e imersão sonora, que ajuda a tornar tudo que se assiste em tela grande, em uma experiência rica e satisfatória.

Ao término de Top Gun: Maverick, fica a dúvida em relação a demora por não terem feito essa segunda parte em décadas passadas.

 Em tempo: ótimo filme.


sábado, 7 de maio de 2022

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

Sam Rami  é um cineasta cheio de senso de humor e ágil em suas produções, pois quando começou a ter nome no mercado com Evil Dead (1981), filme que deu um novo caminho para o gênero de terror, devido a sua abordagem mais crua e gore ( sangue e vísceras), recebeu louvores por suas inovações  e coragem em executá-las.

O diretor já teve experiências com adaptações de personagens de HQ para o cinema com Darkman - Vingança sem Rosto (1990), mas sem muito alarde, apesar te obtido elogios. E nesse mesmo período (anos 1990) continuou trabalhar como produtor e roteirista em diferentes projetos. Mas com  a trilogia do Homem-Aranha (2002-2007) conquistou um pódio invejável dentro do mercado cinematográfico.

Após um momento afastado ( antes fez  Oz: Mágico e Poderoso - 2013) Rami retorna como diretor em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (Disney/Marvel  - 2022) no qual aproveitou para fazer uma nova abordagem do personagem, que acabou tornando-se significativa.

Como os filmes anteriores da editora Marvel possuem um enredo cheio de ação e os personagens tem uma vida muito agitada que inclui a missão de sempre salvar a humanidade de um algum perigo eminente, Dr Estranho (Benedict Cumberbatch) , dessa vez luta contra uma companheira Feiticeira Escarlate/ Wanda Maximoff  (Elizabeth Olsen)  que na trama está obcecada  por seus filhos, que são inexistentes.

E como a personagem não aceita essa condição, extrapola os limites de sua realidade em busca de seus filhos imaginários em outros universos, mas a consequência desse ato  exagerado, ocasiona  feridas nos locais que se locomove e cabe a Stephen Strange a evitar um estrago irreversível.

Sam Raimi conduz a história sem deixar algum erro ou buraco na trama, o que favorece a curiosidade com o longa, apesar das constantes mudanças entre os  mundos (ou multiversos) em que os personagens transitam, que acabada dando sentido de urgência em toda a história.  Essa inquietação é representada com uma bela direção de arte e excêntricos efeitos visuais. Estranho é Sam Raimi em sua essência: sustos, clima sombrio, trama intrigante, monstros e seu peculiar senso de humor.

Esses elementos deixam Doutor Estranho como a figura vital do mundo fictício da Marvel no cinema, pq estranho, é o personagem responsável pelas mudanças no destino de todos os heróis desse universo.

Com o seu final ambíguo e a brecha gigante deixada aberta, teremos novos conflitos entre o bem e o mal nas telas do cinema pelos próximos anos. Já que no mundo da editora considerada a casa das ideias, tudo muda em um estalar dos dedos.

Em tempo: divertido filme.


segunda-feira, 7 de março de 2022

The Batman – Sob nova direção


O diretor Matt Reeves encontrou um grande desafio na criação para esse recente Batman, devido ao número de adaptações e releituras que o personagem já sofreu desde que foi criado em 1939 por Bob Kane (1915 -1998), mas pelo visto, o combatente ao crime mais famoso das HQs, ainda continua gerando fascínio e novas histórias.

Tendo um elenco de primeira e uma surpresa na escolha do protagonista (Batman é interpretado por Robert Pattinson, famoso ator da saga de vampiro crepúsculo 2008-2012), The Batman (no original), é o longa que marca a nova fase dos filmes de heróis baseados na editora DC Comics, que nas produções anteriores, tiveram alguns filmes incompleto em sua adaptação para o cinema.

Reeves acerta em apresentar uma Gothan corrupta, escura, caótica e com uma falta de esperança na resolução desses problemas. Há o esforço gerado pela polícia e uma mudança tímida na sociedade, mas com o surgimento da figura do Batman, o espírito de  renovação dos cidadãos de Gothan começa a ter as suas primeiras centelhas.

A longa duração é um recurso que causou em parte um certo comentário entre a plateia, que alegavam ser desnecessária, mas dentro do universo ficcional do qual está inserido todos os personagens, foi uma ferramenta crucial para que toda a trama tivesse uma coerência , além de possibilitar a imersão ao ambiente a que todos foram expostos em tela.


A trama que gira em torno da investigação de assassinatos que ocorrem na cidade que acabam a revelar uma rede de corrupção que possui ligações entre políticos, passando pela máfia local e a própria polícia de Gothan. O personagem Jim Gordon (Jeffrey Wright) é o prumo que mantém a linha de apuração contínua, apesar do desaprovamento de sua amizade com Batman.

A loucura é mais que presente no perfil dos vilões, aqui reproduzida através das agressividades dos crimes cometidos. O ato em si, afirma o desarranjo e a incoerência da disfunção da qual vivem. Com uma Gothan a beira de um colapso, a cidade se torna um celeiro perfeito para surgimentos de uma vasta galeria de marginais.

Com abordagem mais intimista e seu clima de filme noir, com direito a uma narração em “off”, The Batman é o filme que marca uma nova fase da DC Comic no cinema, demonstrando o caminho, e principalmente a linguem que irão adotar nos próximos longas. Com a sua estética em cores fortes, contraluzes e seu clima mais que noturno, Matt Reeves, fez uma renovação original para o homem-morcego, além de demonstrar que o personagem, se apresenta um tanto diverso e de fácil adaptação.

Vale o destaque para atriz Zoë Kravitz (filha do canto Lenny Kravitz) que apresenta uma Selina Kyle/Mulher-gato cheia de personalidade e com uma solidez moral que influencia a mudança no comportamento do protagonista durante o longa. O par romântico, aqui criado a primeira vista, acaba gerando reverberações internas.

O aúdio um recurso importante para esse estilo de filme,  tem papel relevante na projeção, pois ajuda a criar a ambiência necessária  para o mundo do qual a história acontece; e o som é grandioso e cheio de detalhes além de ocupar toda a sala de cinema.


sábado, 4 de setembro de 2021

Dois novos filmes de South Park chegarão antes do final do ano, confirmou a Paramount +.

 

Foi revelado no mês passado que a popular série animada de TV criada por Matt Stone e Trey Parker foi renovada até a 30ª temporada de 2027, com 14 filmes originais baseados na série também encomendados para produção.

Em um acordo histórico que verá Stone e Parker produzirem mais seis temporadas de sua principal propriedade animada, 14 novos filmes baseados no programa serão produzidos para o serviço de streaming norte-americano Paramount +.

Agora, falando durante o painel Paramount + no painel da Television Critics Association desta semana, Tanya Giles, diretora de programação da ViacomCBS Streaming, confirmou que os primeiros dois desses filmes de South Park estrearão antes do final de 2021, com mais dois chegando todos os anos até 2027 .

O pedido recente veio depois de duas horas especiais de South Park terem sido lançadas durante o curso da pandemia, intituladas "The Pandemic Special" e "South ParQ Vaccination Special", que foram nomeados para Melhor Programa de Animação no 2021 Primetime Emmy Awards.

“O Comedy Central é nossa casa há 25 anos e estamos muito felizes por eles terem se comprometido conosco pelos próximos 75 anos”, disseram Parker e Stone em um comunicado conjunto.

 “Mal podemos esperar para voltar a fazer episódios tradicionais de South Park, mas agora também podemos experimentar novos formatos. É ótimo ter parceiros que sempre darão uma chance conosco. ”

Embora os novos filmes possam seguir um formato semelhante aos especiais da pandemia, esta não é a primeira vez que South Park foi adaptado para uma produção de longa-metragem - com o musical South Park: Bigger, Longer & Uncut lançado no auge da popularidade do programa em 1999.

Enquanto isso, Trey Parker e Matt Stone realizaram seu sonho de comprar a Casa Bonita, o restaurante Colorado que apareceu em vários episódios de South Park.

A empresa que anteriormente era proprietária da Casa Bonita pediu concordata em abril, e Parker e Stone rapidamente revelaram seu desejo de comprá-la. Agora parece que um acordo foi finalmente fechado para a aquisição do local.

“Nós compramos”, disse Parker ao The Hollywood Reporter, confirmando que o negócio foi fechado na manhã de sexta-feira, em 13 de agosto.

Fonte: NME

Mais informações:  SouthPark

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Esquadrão Suicida (2021) — Quentin Tarantino fazendo escola

 

Quando foi lançando em 2017, a primeira versão do Esquadrão Suicida, não agradou os fãs de cinema e de história em quadrinhos logo de cara. Muito desse aborrecimento, é devido às inúmeras reclamações feitas por causa de sua abordagem leve e cheia de restrições; a produção sofreu com diversas mudanças, como cenas refeitas, cortadas e não utilizadas, além do tom superficial do longa.

Os produtores mantiveram a expectativa em acertar os personagens, além do próprio filme, e chamaram o diretor James Gunn (Guardiões das Galáxias – 2017) para concluir o projeto, e na versão de Gunn, a mudança é significativa.

Esquadrão Suicida 2021, vemos um grupo de anti-heróis ( na verdade, são criminosos) que aceitam uma missão arriscada em troca da redução de suas penas, mas no decorrer da trama descobrem que a tarefa era mais complicada do que imaginavam. Com isso, são abrigados a improvisar.

A limpa que foi feita em relação ao filme anterior é expressiva além de relevante, dando valor aos personagens obscuros, que foram rejeitados pelos seus atos e mantém uma vida cheia de distúrbios emocionais. Com esse tipo de perfil anormal, acabam ganhando destaque.  Essa  equipe de desvairados, se tornam uma alegria para um público mais jovem e um agrado  para os que não gostavam do filme precedente.

Tendo a censura PG-17, que permite explorar uma história com mais fundamento, possibilitando um humor mais solto e quase escatológico, em conjunto com explosões, vísceras e várias cenas de ação, Esquadrão poderá fazer parte da galeria de filmes de super-heróis que foram adaptados de forma correta para as telas grandes.

A parte técnica, merece um ressalto, apesar de Gunn se original da Troma Movies ( produtora de filmes Trash), Esquadrão tem um visual caprichado e uma edição de imagem e som que valem ser destacados, o filme anterior levou o Oscar de maquiagem.

Em tempo, divertido filme.



domingo, 25 de julho de 2021

He-Man

 

Criado originalmente para impulsionar o consumo de bonecos da empresa Mattel, a série animada He-Man (1983 – 1985) acabou fazendo mais sucesso do que o esperado, e desde o término da saga, gera várias teorias sobre o seu universo. Essas teorias já foram exploradas em outras animações, filme e história em quadrinhos.

Na atual animação “Mestres do Universo: Salvando Eternia“ explora o lado mais humano dos personagens, e procura fundamentar as motivações de suas decisões. E aproveitando o crescente público consumidor dos serviços de streaming, os produtores resolveram fechar a história original, que de fato não teve um final tradicional, simplesmente, a encerraram.

Em "Salvando Eternia..."que tem apenas 5 episódios , explica de uma forma extremamente didática , o futuro dos principais personagens do desenho animado, mas com um  toque mais sentimental , dando assim profundidade e humanismo aos protagonistas.

Quem espera por batalhas, monstros, fantasias nessa atual continuação, pode ficar levemente intrigado, por esses fatores não serem tão explícitos, em “Mestres do Universo...” focaram mais no drama.

É claro e evidente, que a atual animação é direcionada os fãs originais da série, que por um tempo, esperavam por uma nova temporada, desde que a produtora original encerrou as suas atividades em 1989.

A história que força um amadurecimento dos personagens é o principal atrativo da animação, deixando de lado o conto de fadas que a série original tanto explorava.

Com o tempo saberemos se os mestres do universo terão enfim, o seu merecido descanso.



sábado, 10 de julho de 2021

Viúva Negra - Réquiem

Aproveitando o novo público crescente dos serviços de streaming, e da escassez de lançamentos nos cinemas devido ao isolamento em decorrência do vírus Covid-19, o filme da Viúva Negra (Black Widow Marvel/Disney⁺ 2021) é um grande achado e uma animação para o fãs da editora Marvel que aguardavam pela estreia tardia da personagem nas telas grandes.

A espera pelo filme, foi compensada com satisfação e contentamento, quem for assistir, terá um grande deleite com as cenas de ação originais, que demostra toda a força e agilidade da ᾿super᾿ agente secreta, além de fundamentar o passado da personagem, um tanto triste e trágico. Porém essencial.

A trama do filme se passa entre “Guerra Civil” (2016)  e  Vingadores: Guerra Infinita” (2018) no qual a Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) junto com sua irmã  Yelena Belova (Florence Pugh), — uma das grande surpresa do filme — que precisa voltar a antiga vida de espiã e acertar questões de sua família, além de revelações sobre o seu passado e a conspiração da qual esta envolta, assuntos que são importantes em sua vida e a motivação de sua presença.


O cerne do filme, o seu fomento, é decisivo para os rumos que serão trilhados no desenrolar da história, quesitos um tanto inevitáveis, já que possui uma forte evidência de uma intriga por de traz de toda sua ação principal, essa deslealdade causa danos irreversíveis, mas são inevitáveis.

Com seu clima de guerra de fria e uma grande junção de vários elementos de filmes que abordam a espionagem, Viúva Negra entretém e diverte; a direção Cate Shortland (A Síndrome de Berlin - 2017 e SMILF – 2019) acertou o tom do longa mantendo um equilíbrio em ação e drama, os momentos mais agitados são um dos pontos principais da obra, que recupera o ambiente de tensão policial que o estilo de pede.

Apesar da estranheza do filme e de seu encerramento um tanto triste, devido ao destino tomando pela Natasha posteriormente, o filme é uma despedida da personagem nas telas e do universo MCU (Marvel Cinematic Universe) e deixando o caminho aberto para sua irmã yelena futuramente.

Em tempo, bom filme.





segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Mulher-Maravilha 1984

 


O primeiro filme da Mulher-Maravilha (2017) foi recebido com desconfiança pelo público comum, devido ao período do auge dos longas da editora Marvel no cinema, que não deixavam uma brecha para os outros lançamentos, mas a amazona mais famosa das HQs, acabou gerando um retorno satisfatório entre os fãs e chamando a atenção para as produções da DC Comic.  A personagem que até então se encontrava “em espera”, ganhou uma leitura correta em sua adaptação para tela grande e uma continuação era inevitável.

Em Mulher-Maravilha 1984 (Warner- 2020) Gal Gadot (Diana Prince) trabalha no Museu Smithsonian (Washington), e acaba recebendo um artefato (no caso uma pedra rara), que  tornar real o desejo de quem a segura. O tal objeto acaba sendo roubado pelo empresário Maxell Lord ( Pedro Pascal)  que a usa para salvar o sua transação do fracasso, mas como extrapola em seus pedidos, acaba gerando um caos na sociedade.

Comparado ao primeiro filme, essa continuação sofreu com as mudanças no caráter dos personagens e suas motivações, transpondo os protagonistas para um mundo diferente em relação ao primeiro longa, que abordava questões significativas no âmbito de humanidade e conduta. As mudanças evidentes, são significativas, a agitação em conjunto com a trama cheia de questionamentos foram o fio condutor do filme anterior, que nessa sequência deram ao lugar ao drama e a questões morais.

Quem espera uma réplica dos filmes da editora Marvel, pode ter uma forte decepção, Já que o os filmes da DC Comic não tem conexão direta com as HQs. O que se vê em tela são apenas algumas referências.

A compaixão, esperança e um grande senso de justiça são o cerne do segundo filme, mas a forma como é conduzido, pode dividir boa parte dos fãs, muito pela mensagem que o longa prega.

Sem o impacto esperado e com um final edificante, que gera uma reflexão sobre poder e desejo, Mulher-Maravilha fica na lista dos filmes de super-heróis que procuraram fugir dos clichês típicos do estilo. Mesmo que não tenha os elementos que agradam ao público que consome esse tipo de produto, o que percebemos foi uma produção que procurou em criar um filme original.

 

 

domingo, 1 de novembro de 2020

Tenet — Os Policias do Tempo

O cineasta inglês Christopher Nolan, adora mexer com as percepções do público que assisti a seus filmes. A quebra na fluidez na narrativa, acrescentando elementos usuais ou simplesmente ações inesperadas, é o seu grande trunfo. No atual longa, não poderia ser diferente.

Em Tenet (Reino Unido/EUA - 2020) o personagem vivido pelo ator John David Washington , tem a missão de impedir uma suposta guerra, e conta com a ajuda de outro agente chamado Neil (Robert Pattinson), porém a trama não parece ser tão simples: acabam descobrindo um esquema que envolve uma tecnologia que pode interferir no tempo e espaço.

Entretanto, esse mesmo recurso (Tenet) é uma peça fundamental para um plano maior, que no filme não é revelado por completo, ficando nas entrelinhas e fragmentos no decorrer do longa. Esse comportamento se assemelha à Origem (2010), que abordava invasão de sonhos, e em Tenet, temos a manipulação do tempo; não em sua totalidade, mas o controle de um breve momento, que acaba se tornado a surpresa do filme.

Nolan apresenta o que faz de melhor: um cinemão clássico, com uma história original que permite explorar várias interpretações, dentro de um único viés. A tensão que permeia todo o filme, alimenta o clima de mistério em que os protagonistas estão inseridos.

O tempo e seus desdobramentos, são o fio condutor de Tenet, a cada manipulação do mesmo, resulta em uma quebra no segmento contínuo, que tem a adição da atividade reversa consequente de ações no presente, que reflete no paradoxo temporal do filme.

Essas constantes mudanças, são representadas com vai-e-vem nas cenas mais agitadas junto com  o andamento normal do longa. Em alguns momentos, os diálogos estão ao contrário e a trilha sonora tem timbres que soam invertidos. Esses efeitos, deixam todo o filme com uma narrativa vertiginosa, que só aumenta sentido de urgência que se vê em tela.

Em seu desfecho agitado, a trama possui reviravoltas inesperadas e algumas revelações. No fim, deixa em aberto uma possível continuação, além de revelar um ligamento entre os personagens principais. Com cenas de ação de tirar o folego, incluindo as explicações sobre a física do universo do qual estão imersos, Tenet afirma como Nolan diretor/produtor de mão cheia e que adora truques e que procurar fugir do comum.



quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Missão: Impossível — EFEITO FALLOUT - Caçadores de Emoção

Quando foi lançado em 1996, o primeiro filme Missão: Impossível, promoveu uma agitação no mercado cinematográfico de forma até então inovadora, o longa recebeu vários elogios além de ter dado um gás na carreira do ator Tom Cruise, — que na época já estava no auge —, e com a adaptação homônima da série de TV para tela grande, Cruise foi transformado em um “midas” da sétima arte.

Com o sucesso inevitável do filme, atrelado a uma correta administração da produção, e principalmente de sua divulgação, as continuações eram mais do que evidentes. Que aqui nessa franquia chega a sua sexta e agitada parte.

Missão: Impossível — EFEITO FALLOUT temos o personagem Ethan Hunt (Tom Cruise)  envolto em uma missão de resgate de três ogivas nucleares que podem ser usadas por um grupo terrorista , porém a missão não sai como esperado, o que acaba culminando em uma parceria com outra classe de agentes (CIA), que possui uma conexão com o grupo terrorista, e atrelado a essa tarefa, temos uma corrupção dentro das instituições secretas, que causaram mudanças nos valores de conduta dos agentes . Em conjunto com essas modificações, há o fator íntimo inserido nessa atividade quase sem solução. Essas são as razões que permitem várias mudanças nos acontecimentos do filme.

Com a trama cheias de reviravoltas e traições, os momentos de espionagens são substituídos por boas cenas de ação, que ajudam a manter todo o clima de urgência que a história pede. Os instantes de maior movimentação são o principal destaque, e Tom Cruise para trazer mais veracidade a esses instantes, evitou usar dublês, mas nada tão radical. E devido á esse risco, o ator acabou se machucando. Na pós-produção, resolveram usar esse pequeno acidente no filme.

O filme é pura ação, que desde Missão Impossível 2 (2000) temos os acréscimos em tomadas aéreas, perseguições de carros, motos, corridas, cenas que beiram ao absurdo e soluções mirabolantes, e sempre deixando a dúvida do que acontecerá nós filmes posteriores, pois a  IMF (Impossible Missions Force) já eliminou quase as todas ameaças terroristas possíveis.

Em tempo, divertido filme.


quarta-feira, 20 de junho de 2018

Jurassic World: Reino Ameaçado

Quando chegou aos cinemas em 1993, o filme Parque dos Dinossauros , causou uma grande agitação no mercado cinematográfico, muito pelo fato do longa trazer melhorias tanto na parte técnica em relação aos efeitos visuais, quanto em seu marketing direcionado ao público jovem.

O mundo ficcional criado por Michael Crichton (1942 – 2008)  ganhou continuações em 1997 (O Mundo Perdido) e o terceiro em 2001 (Jurassic Park III), e depois de quatorze anos, fizeram o rentável reboot Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (2015), que agora ganha mais uma parte, nesse mundo um tanto agressivo.

Em Jurassic World: Reino Ameaçado ( Jurassic World: Fallen Kingdom – 2018 ), A ilha Nublar em que os dinos vivem, está ameaçada pelo erupção eminente do vulcão nativo da região, que irá afetar todos os seres que residem no arquipélago. Um grupo formado por empresários querem algumas espécies vivas para serem usadas como armas.

E para essa missão (que está disfarçada de resgate), contratam a ex-diretora do parque Claire (Bryce Dallas) que convida o adestrador Owen (Chris Pratt) para tal tarefa, mas no desenrolar da trama, descobrimos que além dessa conspiração ( o resgate e a preocupação ambiental não passa de uma farsa), há um outro segredo que mudará todo o sentido dessa história.

O diretor espanhol J.A. Bayona , procura repetir o mesmo clima de aventura e sobrevivência do filme de 1993, refazendo as mesmas situações do filme clássico, no novo. Em parte, ele acerta, mas perde a mão em momentos importantes da trama. Como a franquia já foi explorada ao extremo desde o seu começo e revitaliza no filme 2015, o atual ficou meio fora do encaixe na história original, focando mais no resgaste e na subtrama, e deixando de lado a aventura.

Mesmo não tendo um propósito plausível, o longa diverte e deixa um final aberto que pode ser aproveitado com mais criatividade, já que a fábula ainda gera interesse e  pode ser mais explorada.

A parte em relação aos dinossauros digitais, vemos falhas em sua execução, pelo fato deles mudarem de tamanho a cada mudança de cena, que no filme de 1993 e dos posteriores, sempre tiveram um tratamento mais cuidadoso.

A personagem Claire Dearing (Bryce Dallas), dessa vez corre utilizando botas, que no filme anterior (2015), sofreu reclamações por estar sempre usando salto-alto em todas as cenas de ação.

E aqui fica o destaque para atriz-mirim Isabella Sermon que dá um show de talento.



quarta-feira, 30 de maio de 2018

Han Solo — Altas Confusões.

Cultuado pelo seu caráter livre e de uma grande autoconfiança Han Solo foi conquistando fãs com o passar do tempo, e o seu passado, que até então, era quase lendário, finalmente é explorado em um trabalho um tanto irregular.

Durante a sua gravação, houve mudanças internas que resultaram na substituição dos diretores Phil Lord e Chris Miller (LEGO Batman: O Filme – 2017) por Ron Howard (O Código Da Vinci – 2006), que refez algumas cenas e mexeu em seu desfecho, mas nada que prejudique o resultado final do filme. Solo se encaixa ‘em parte’ na mística criada entorno do personagem.

Han Solo: Uma História Star Wars (Disney)  assistimos as motivações e as reviravoltas que ocorrem durante a vida agitada do futuro piloto e aliado dos rebeldes contra o império galáctico, e como Han tenta sobreviver em meio a toda essa confusão. E tendo em mente, que tudo acontece, se passa durante uma inevitável guerra interplanetária, na qual há uma centelha de esperança em meio a esse caos completo. Todos esses conflitos são permeados por um jogo interrupto de poder e chantagem.

Nesse imenso fogo cruzado recheado de trapaceiros e oportunistas, quem sobrevive, são aqueles que se adaptam melhor em relação a esse ambiente hostil, e para isso, são obrigados a usar de inúmeras estratégias e muita inteligência, habilidades que aqui Han Solo se sobressai.

O enredo que se vê em tela, permite aos personagens uma opção para evitarem a batalha, mas as razões para essas negações são ingênuas. E os nossos heróis acabam mergulhando de corpo e alma nesse jogo fatal.

Apesar da premissa interessante, temos deslizes em seu roteiro: o que era para ter embates severos com um clima sombrio e agressivo, foi diluído para uma aventura despretensiosa e amistosa entre amigos. A narrativa é mais calma que o tradicional — é o episódio mais didático da nova franquia Star Wars —, e essa abordagem não agradou ao público de primeira, que esperava por uma movimentação intensa em seu desenrolar. Han Solo é imperfeito.

Os melhores momentos são marcados pelos encontros que se transformam em amizades, como no caso de seu parceiro Wookie Chewbacca (Joonas Suotamo) e o igualmente ‘espertalhão’ Lando Calrissian (Donald Glover), do qual Solo, obteve a sua nave Millenium Falcon.

De restante, o filme fica em ponto morto, quase sem rumo. É visível o empenho Howard em tentar arramar todas as pontas soltas deixadas pelos antigos diretores, que focaram em linguagem mais cômica, tratamento que desagradou a produtora e chefe Kathleen Kennedy, que os substituiriam quando assistiram uma parte do filme pronta.

Os próprios atores não mantêm a seriedade de seus personagens, dando a entender que havia um clima de humor no set em relação as atuações, deixando o ambiente descontraído, ou simplesmente não levaram nada a sério o trabalho, já que não há uma solidez na história.

Afora as falhas, falta de ousadia e a bagunça em sua produção, Han Solo tem o seu mérito por apresentar  no cinema, como esse ‘malandro’ espacial e tão carismático surgiu.





domingo, 20 de maio de 2018

Cobra Kai - A Saga Continua

Apesar de falhas como situações forçadas, diálogos sem muita profundidade e a sua produção barata, a web série entrega o prometido. Em meio a atual enxurrada de conteúdo áudio visual, do qual fica difícil para o espectador acompanhar tudo o que é feito, Cobra Kai (youtube/Sony – 2018) se destaca não pela originalidade, mas pela ousadia em recriar uma ‘nova’ história pra uma já encerrada.

Não espere atuações brilhantes ou algo grandioso. Mas o produto em si, entretém. Os saudosistas de mente mais aberta apoderam se divertir em rever os personagens que em outrora tiveram um destaque entre o seu público longínquo. Que aqui retornam com uma vida bem diferente se comparando com a sua ingênua juventude oitentista.

Na trama, vemos o destino que os principais personagens tiveram após o grande torneio de Karatê, do qual foi um divisor de águas para ambos lutadores. Mais três longa-metragem foram produzidos e o remake em 2010, mas essa web série aborda somente a história do filme de 1984. Ignorando os filmes derivados.

Os roteiristas atualizaram os valores dos jovens para criar um embate entre gerações, mas o tratamento é panfletário e didático, sem desqualificar o que é exposto. Tendo em vista que a série é para um público bem amplo. Portanto, o que se assiste leve e bem objetivo.

Fica o destaque para o ator William Zabka que tem ressalto com o seu personagem (Johnny Lawrence), que aqui se apresenta bem maduro em relação impaciente do filme original. No restante, há a repetição da trama do filme original, porém com novos personagens. Tanto Johnny Lawrence quando Daniel LaRusso (Ralph Macchio) se tornam senseis de jovens com uma forte insegurança em relação a vida. 

E utilizam do Karatê como ferramenta para superar essa indecisão, mas nesse meio tempo, vários imprevistos acontecem, gerando mais conflito no decorrer da história, até ao fechamento da primeira temporada da teleserie.

Mesmo sem inovações, e calcados em assuntos que geram discussões pela internet, Cobra Kai é interessante em relação à forma de como versar para o momento vigente, um produto criado para uma época já distante com uma linguagem obsoleta para o público atual. Ainda mais em uma época que há uma enxurrada de informações e distorções de valores destinados aos jovens.



quarta-feira, 2 de maio de 2018

Vingadores Guerra Infinita — A chapa esquentou.

Os Vingadores é o grupo de heróis da editora Marvel que possui o maior teor de carisma já produzido para o cinema, e desde o ano de 2012, colecionam elogios e um número crescentes de fãs tanto da tela grande, quanto das revistas impressas. E nessa, terceira e importante parte da saga dos personagens da casa das ideias, finalmente confrontam um dos vilões, mais significante já criado nesse mundo fictício.

Na trama, acompanhamos Thanos em sua busca incansável pelas jóias do infinito, da qual aquele possuir todas, poderá manipular a realidade da forma que bem entender. E o titã pretende fazer uma ‘limpa’ no universo com o poder delas. E algumas dessas peças (jóias), se encontram na terra, porém Os Vingadores não entregaram tudo tão fácil à Thanos.

Os irmãos Anthony e Joe Russo, — responsáveis por Capitão América: Guerra Civil (2016) —, finalizaram um filme com uma narrativa corrida, mas que faz todo o sentido em seu enredo, já que a ameaça de Thanos, é eminente, e não há muito tempo para elaborarem um plano de defesa eficaz. As diferenças são posta de lado entre os personagens, além deles aceitarem a parceria dos novos amigos que aparecem no decorrer do longa.

Com um roteiro simples que permite várias cenas de ação, tanto no espaço, quanto na terra, o filme foge de uma abordagem densa e profunda, prevalecendo a grande diversão que o trabalho se propõem. E dentro dessa aventura quase épica, assistir a reunião de heróis diversos, em uma mesma história, mantém o interesse nesse ambiente fantasioso ativo e recompensador.

O que se vê em tela, é um divisor de águas expressivo para o meio em que se desenrola todos os acontecimentos; os rumos tomados e as atitudes assumidas, são relevantes para o futuro dos personagens dentro desse âmbito imaginativo. A mistura, entretêm e diverte o espectador, contribuindo para o entusiamo em relação os próximos longa-metragens

O mérito de Guerra Infinita não se dá pela junção de diferentes personagens em um único filme, mas principalmente pelo trabalho em construir todo esse universo de forma coerente e cronológica, sem deixar a qualidade de sua produção ficar abaixo do esperado. Nessa parte, a editora Marvel/Disney soube aproveitar todos os recursos de marketing e produção de modo eficaz. O resultado final é coerente.

A atual fábula se tornou extensa para um único conto, a divisão é mais do que fundamental para sustentar a saga que chega em sua inevitável fase final. Até lá, haverá infinitas teses e teorias sobre os destinos não só dos heróis, mas do Universo Marvel.

Em tempo, bom filme.



terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Pantera Negra - Começou na África

O filme Pantera Negra é mais um trabalho correto do universo MCU (Marvel Cinematic Universe) que os estúdios Disney estão levando para o cinema. E esse, sem dúvida, irá agradar em cheio os fãs que gostam de ver em tela grande, a linha de super-heróis menos conhecido do grande público. 

Um dos pontos fortes, e o qual mais teve destaque em sua divulgação, é a formação do elenco, que em sua boa parte, é constituído por atores negros. Que por uma breve observação se torna um tanto óbvia, já que a história do filme se passa em um fictício país africano, do qual detêm a maior reserva do minério chamado Vibranium, metal raro e poderoso que os cientistas de Wakanda, manipulam com maestria, criando uma tecnologia extremamente avançada.

De todos os filmes da Marvel até o momento, esse pode ser considerado o mais sério e político, devido às decisões que são tomadas em meio a uma grande mudança o corrida durante o desenrolar da história, fato que gera um debate ideológico importante, além dos conflitos que acontecem no filme. Porém nada muito profundo, pois se trata de um filme para um público pop.

Apesar de uma abordagem leve, o longa toca em questões importante, como: liderança, o bom uso do conhecimento, preconceito, aceitação de ajuda, caráter e outra questões mais delicadas. O que limita Pantera, é a sua trama longa e cheia de detalhes, que em 2 horas e 15 minutos, fica condensado e com muitos cortes, deixando um gosto de “quero mais”.

As duas cenas pós-créditos, deixa em aberto e aumenta a ansiedade em relação ao filme Guerra Infinita, fase que dará um novo rumo a tão prolifera e divertida saga da Marvel, que desde 2008, vem nos apresentado ótimas adaptações dos quadrinhos para o cinema.

Pantera Negra junto com os outros heróis, já tem o seu nome marcado nas telas.


terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

A Forma da Água – No fundo mar, também bate um coração.



O diretor Mexicano Guillermo del Toro sempre deixou explícito em seus filmes, o fascínio por monstros e criaturas fantásticas dentro e fora da ficção, e essa admiração o ajuda a se manter como um dos diretores em atividade que consegue transpor para tela grande, todo esse universo fantasioso e cativante, que esses seres proporcionam.

Em A Forma da Água (Shape of Water - 2017), não poderia ser diferente, del Toro finalmente entrega o seu filme mais correto e significativo de sua já extensa carreira cinematográfica.

Na trama do longa, acompanhamos a vida de uma faxineira muda chamada Elisa Esposito (Sally Hawkins), que trabalha em uma estação secreta militar, local que acaba recebendo uma criatura marítima até então desconhecida. Os militares querem transformá-la em uma arma contra os Russos e os cientistas, querem estudá-la por ser uma nova espécie. Mas a funcionária acaba se envolvendo com a criatura e, dessa relação acaba culminando em uma paixão incontrolável entre a empregada e o anfíbio. Elisa então resolve com ajuda de seu vizinho solitário, a libertá-lo.  

Toro consegue apresentar uma história madura e cativante dentro de um universo fantasioso, mas com um tratamento que foge da linguagem banal muito comum nesse tipo de filme. Como a sua direção é precisa e o roteiro possui um equilíbrio entre drama, ação e a fantasia, o filme se expõe como uma obra deslumbrante ao espectador.

É visível todo o cuidado feito na produção do filme, que consegue recriar toda a atmosfera da década de 1960 e a tensão gerada pela Guerra Fria em seu auge. No aspecto técnico, o filme faz jus a todas as indicações da qual o foi indicado para o Oscar 2018. Nessa parte, del Toro é cuidadoso e, em pouco mais de duas horas de projeção, não se percebe o que é real ou ficção. Logo em sua abertura, já se percebe a atenção que tiveram na realização de todo o filme.

Outro destaque que vale ressaltar é a excelente escolha de elenco, atores em perfeita sintonia com a história. Profissionais que souberam explorar com talento, todas as nuances e motivações de cada personagem, deixando conto o mais próximo ao real.

Apesar de não ser original, e tendo alguns clichês, incluindo as várias referências a outros filmes que abordam o mesmo tema, mas precisamente o cinema de Hollywood da era de Ouro, A Forma da Água, só afirma como atemporal e ainda cativante o sentimento mais puro e transformador que nós possuímos. E mesmo não levando todos os prêmios, “A forma” já se tornou um clássico do cinema contemporâneo.